A APIA (Associação Aprendizagem, Pesquisa e Intervenção ABA) é uma entidade privada sem fins lucrativos criada para atuar em duas frentes: na oferta de intervenções baseadas em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para crianças com atraso no desenvolvimento e na promoção da pesquisa, ensino e divulgação da Análise do Comportamento.
Nascemos em São Carlos (SP), em 2025, em uma parceria entre psicólogos com sólida experiência clínica e pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Nosso objetivo é desenvolver um modelo interventivo de altíssima qualidade, que seja financeiramente sustentável e replicável no Sistema Único de Saúde (SUS). Queremos ensinar habilidades que proporcionem segurança, comunicação, independência e autonomia às crianças, possibilitando uma vida de escolhas próprias.
O aumento recente no número de crianças diagnosticadas com síndromes e/ou transtornos – especialmente com transtorno do espectro autista (TEA) – levou a mudanças relevantes na oferta de serviços interventivos, com reflexos sobre o sistema de saúde. Assistimos ao crescimento da demanda pelos tratamentos baseados em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e à consequente explosão do número de profissionais ofertando esses serviços.
Em muitos casos, no entanto, essas intervenções não atingem os resultados esperados, seja por falta de pessoal qualificado ou estrutura para aplicação. Hoje, só uma parcela pequena das crianças está recebendo atendimentos realmente eficazes, e, ainda assim, a um custo financeiro altíssimo. As demais ou estão recebendo tratamento sem o nível adequado de qualidade ou não estão tendo acesso a nenhum tipo de intervenção.
Nosso fundador e diretor clínico foi responsável pela implementação e supervisão dos serviços terapêuticos em diferentes clínicas nos últimos anos e conhece de perto o cenário. A APIA nasceu, portanto, do diagnóstico de que é preciso investir em intervenções que realmente produzam qualidade de vida às crianças e buscar formas de tornar esses serviços mais acessíveis financeiramente. Para isso, apostamos em modelo que alia intervenção, pesquisa, ensino e divulgação, construído em conjunto por profissionais e pesquisadores qualificados e comprometidos com a evolução dos aprendizes.
A APIA reúne várias condições favoráveis para o desenvolvimento de uma intervenção de excelência, a começar por seu formato de constituição. Somos uma entidade sem fins lucrativos e nosso estatuto foi pensado de forma a garantir que a associação concretize seus objetivos sem a interferência de pessoas que não compactuem dos mesmos valores.
Nascemos ligados à UFSCar, mais especificamente a pesquisadores do Laboratório de Estudos do Comportamento Humano (LECH) e do Laboratório de Análise do Comportamento e Educação Especial (LACEDE). Essa parceria traz diferentes benefícios para nossa intervenção. O primeiro deles é que a APIA já sedia um estágio obrigatório da graduação em Psicologia da UFSCar e, por isso, recebe estudantes com sólida base teórica, que são treinados e supervisionados para atuar junto aos aprendizes. O serviço é acompanhado sistematicamente por professores e pesquisadores da área e todo o trabalho desenvolvido dentro da instituição pode ser divulgado e disponibilizado de forma ética e com rigor metodológico.
Nosso espaço amplo e integrado permite não só que a intervenção se torne mais reforçadora para a criança, mas também que ela conviva em grupo. Ao mesmo tempo, a intervenção intensiva e precoce de qualidade faz com que os aprendizes de fato adquiram habilidades que lhes garantam comunicação e autonomia. Com essa combinação, poderemos gradativamente migrar de um cenário na qual cada criança é atendida por um profissional para um no qual um mesmo profissional possa trabalhar com dois ou mais aprendizes. Conforme a criança evolui, cada vez mais alinharemos o ambiente terapêutico à realidade que ela encontrará lá fora, inclusive no ambiente escolar, permitindo que o aprendiz se relacione com o mundo de forma segura e confortável. O objetivo é desenvolver um modelo terapêutico replicável em outras clínicas, entidades sem fins lucrativos e, principalmente, no Sistema Único de Saúde (SUS). Para que isso seja desenvolvido, no entanto, é indispensável que a intervenção seja baseada nas melhores evidências científicas existentes e que a aplicação dos procedimentos não apresente falhas. É isso que estamos construindo na APIA.